Com o Dia do Professor se aproximando, neste domingo (15), a professora de história, Elisa Moura Ribeiro, do Colégio Estadual de Paripiranga, em Paripiranga, celebra sua escolha de vida: o magistério. A soteropolitana, filha de dona Lavínia e de seu Nilton, ambos economistas, e mãe de João, de 8 anos, escolheu o interior da Bahia para viver e acreditava, desde cedo, que a sala de aula seria o seu destino.
“Desde pequena, eu já sabia. Eu via na escola aquele trabalho sendo realizado e aquilo me encantava demais. Minha mãe dizia que a minha brincadeira preferida era de escolinha. Colocava as pelúcias sentadas e tome assunto”, recorda, sorrindo. Segundo ela, a opção pela disciplina a qual leciona não foi por acaso. “História foi uma opção posterior à educação. Ela surgiu, provavelmente, pela influência de meu pai. Todo economista gosta de história, né? Sempre que eu fazia uma pergunta do tipo ‘pai, como foi a ditadura militar?’, ele ia para o começo dos tempos: “segundo Marx e Engels, o comunismo primitivo…”, conta, em meio a gargalhadas.
Junto aos colegas de profissão Sandra Sodré e Edson Peixoto, a professora Elisa tem contribuído para que a sua disciplina amplie as oportunidades de aprendizagem e as perspectivas de futuro para os estudantes. Para se ter uma ideia, todos os anos, alunos do colégio são protagonistas da Olimpíada Nacional em História do Brasil (ONHB). Só em 2023, ela acompanhou 15 estudantes para a final da competição, em Campinas, no Estado de São Paulo.
Falar sobre a iniciação científica, o engajamento e a transformação que a escola pública provoca nos estudantes faz os olhos da professora brilharem. “Nada mais empolgante do que a felicidade dos meus alunos. Vê-los brilhar, conquistando os espaços da universidade pública e se destacando socialmente, é lindo demais. Meu amor pela educação é pela transformação social. Sinto meus esforços sendo, enfim, concretizados. Vê-los buscando o conhecimento me faz lutar por uma educação transformadora e, de fato, libertadora. Eles me inspiram a ser melhor”, enfatiza.
Sobre a carreira como professora da escola pública, Elisa não tem dúvidas. Foi um caminho trilhado que a faz muito feliz. “Ser professora é motivo de grande orgulho para a minha família. Meus pais sempre me educaram para ser um indivíduo que lute pela justiça social, pelo zelo à democracia e pela emancipação das minorias. Sinto que ser uma professora engajada e comprometida com a educação é justamente aquilo que eles sempre sonharam. Cada conquista que eu garanto educando os filhos das classes trabalhadoras é uma felicidade que dou a meus pais, que tanto lutaram para me educar na contramão de uma sociedade individualista”, celebra.