Educação Bahia
Estudantes da rede estadual apresentam projetos de iniciação científica em São Paulo
Os projetos desenvolvidos no âmbito do Ciência na Escola, programa criado pela Secretaria da Educação do estado. O post Estudantes da rede estadual...
19/03/2024 14h18
Por: Redação Fonte: Secom Bahia

Os projetos desenvolvidos no âmbito do Ciência na Escola, programa criado pela Secretaria da Educação do estado (SEC) para estimular o ingresso ao mundo científico em sala de aula, geram resultados concretos. Oito instituições públicas estaduais são finalistas da 22ª Feira Brasileira de Ciências e Engenharia (Febrace), iniciativa, que além de estimular o interesse dos estudantes da Educação Básica em Ciências e Engenharia, ainda promove o engajamento dos professores no desenvolvimento de práticas pedagógicas inovadoras em sala de aula e também aproxima as escolas públicas e privadas das universidades.

O evento tão esperado pelos estudantes de todos os estados brasileiros e do Distrito Federal, acontece, na capital paulista, de segunda (18) à sexta-feira (22). Nesta edição, foi registrado o recorde de mais de dois mil projetos inscritos e 500 semifinalistas, como o que foi desenvolvido pelos estudantes Ruan Donato, Maria Júlia de Oliveira e Isadora Fernandes, no Colégio Estadual Antônio Batista, do município de Candiba. Eles analisaram a eficiência do extrato de plantas nativas da caatinga, como larvicida natural, menos tóxica do que os fabricados artificialmente, no combate ao Aedes Aegypti, vetor de doenças como dengue, chikungunya e zika.

Para Ruan Donato Veras, 16 anos, além da realização de um sonho, participar da maior feira do segmento no país representa também a esperança de concretizar uma ideia inovadora que irá ajudar muitas pessoas no combate à dengue. O orientador da equipe, o professor de biologia William Oliveira Nascimento ressalta que a participação nesta edição é uma grande realização, não só para a comunidade escolar, mas para toda a Bahia. “Este momento se torna ainda mais importante ao analisar o cenário atual do país quanto às arboviroses, em que estamos em um período crítico perante a grande quantidade de casos. Como professor, acho gratificante saber que os alunos estão dispostos a procurar resoluções de problemas que afligem a sociedade”, declarou.

A Ciência, com sua aplicação no cotidiano em prol do bem-estar e da melhoria da qualidade de vida, vem motivando cada vez mais os estudantes, como os finalistas da Febrace: Taís Soares dos Santos, Tainá de Jesus Guedes e Mikael da Silva Bispo, do Colégio Estadual Ana Lúcia Castelo Branco – Tempo Integral, do município de Brejões. Eles criaram dispositivos detectores de obstáculos, motivados pela vontade de ajudar uma colega com deficiência visual, bem como pela oportunidade de aplicarem o conhecimento científico no cotidiano. “A prática da pesquisa oferece aos alunos a oportunidade de aplicar conceitos teóricos aprendidos em sala de aula em situações reais. Isso promove uma compreensão mais profunda e contextualizada do conhecimento”, afirma, o orientador da equipe, o professor de Física Elifá Mascarenhas.

Os outros finalistas da Febrace são: Colégio Estadual Castro Alves, em Adustina; Colégio Estadual José Antônio de Almeida, em Santanápolis; E.E. Centro Territorial de Educação Profissional de Serrinha, em Serrinha; Colégio Estadual Professor Carlos Valadares, em Santa Bárbara; Centro Juvenil de Ciência e Cultura, em Barreiras e Centro Juvenil de Ciência e Cultura – Central, em Salvador.

Febrace

Promovida anualmente pela Escola Politécnica da USP e realizada pelo Laboratório de Sistemas Integráveis Tecnológico- LSI-TEC, a Febrace é a maior feira brasileira pré-universitária de Ciências e Engenharia em abrangência e visibilidade. Seu objetivo é estimular a cultura científica, a inovação e o empreendedorismo na educação básica e técnica, despertando novas vocações nessas áreas e induzindo práticas pedagógicas inovadoras nas escolas. A maior parte dos projetos está alinhada com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável [ODS] da ONU com as propostas dos estudantes em apresentar soluções criativas para problemas reais das comunidades em que estão inseridos ou mesmo para problemas complexos que afligem o planeta.

Fonte: Ascom/SEC