O prefeito de Mata de São João, Bira da Barraca (União Brasil), se envolveu em mais uma situação delicada neste final de semana. Em uma gravação obtida pelo Portal A TARDE, o gestor municipal foi flagrado acusando a prefeitura de Camaçari, comandada por seu aliado Elinaldo Araújo (União Brasil), de cobrar propina como condição para instalar uma fábrica em território camaçariense.
Durante um discurso para aliados locais, Bira da Barraca falou sobre a chegada da fábrica da empresa Dragão, uma das principais marcas de água sanitária na região Nordeste, a Mata de São João. Segundo ele, o grupo inicialmente negociou para se instalar em Camaçari, sob orientação do governo do estado, mas desistiu após a cobrança de propina pela gestão local.
"A fábrica saiu procurando, foi para Camaçari e lhe cobraram propina. Foi para o governo do estado e mandaram para Camaçari. Chegou lá em Camaçari e não foi bem atendida. Eles vieram para Mata. Eles que escolheram vir para Mata de São João", declarou Bira.
A fala provocou incômodo interno no União Brasil, partido de Bira da Barraca e de Elinaldo. Um importante quadro do partido, que preferiu não se identificar, estaria considerando pedir a expulsão do prefeito de Mata de São João devido à acusação sem provas contra seu correligionário.
Conforme apuração realizada pelo Portal A TARDE, Bira da Barraca já foi orientado a se retratar publicamente acerca do caso para não sofrer sanções de sua legenda. Por outro lado, Elinaldo Araújo estaria se articulando junto à Procuradoria do Município de Camaçari para processar o gestor de Mata de São João na Justiça devido às graves acusações sem provas.
Desde que assumiu a prefeitura de Mata de São João em dezembro de 2023, Bira da Barraca tem se envolvido em várias polêmicas. Recentemente, ele foi denunciado ao Ministério Público por supostamente ter utilizado verbas públicas para fazer um passeio na Europa. A "Eurotrip" do atual prefeito incluiu passagens por Paris, na França, e por Madri, na Espanha, quando ele ainda era vice-prefeito.
O Portal A TARDE procurou os prefeitos de Mata de São João e de Camaçari, tanto diretamente quanto através de suas assessorias, mas não obteve resposta até a publicação desta matéria.