Em uma eleição cheia de nuances e estratégias políticas, surge a questão que mexe com a curiosidade dos mais atentos: por que figuras como ACM Neto e Jerônimo Rodrigues parecem evitar certas cidades? A pergunta surge especialmente agora que ACM Neto não passou por Mata de São João para apoiar o prefeito Bira da Barraca, candidato à reeleição pelo União Brasil. No entanto, ACM fez questão de marcar presença em cidades como Camaçari e Dias D’Ávila. Seria essa uma estratégia pensada? Ou um simples acaso?

O que chama atenção é a relação histórica que ACM Neto tinha (ou tem?) com João Gualberto, ex-prefeito de Mata de São João que renunciou, viajou para fora do país e deixou o vice-prefeito, Bira, no comando. Gualberto, que hoje apoia a reeleição de Bira, era conhecido por ser próximo de ACM. E, segundo apuração do É Notícias, eles não só mantêm laços de amizade, mas também são sócios em empreendimentos. Então, qual o motivo para o sumiço de ACM Neto na cidade? Será que a amizade esfriou? Ou a derrota de ACM para Jerônimo Rodrigues na última eleição estadual, inclusive em Mata de São João, deixou uma marca difícil de apagar?

E aqui surge outra pergunta, no mínimo irônica: será que Jerônimo Rodrigues, atual governador, segue a tal lógica levantada por um "radialista" local, que disse que figuras influentes só visitam cidades onde têm chances de vitória? Se for verdade, será que ACM está seguindo a mesma cartilha? Ou há algo mais por trás das ausências estratégicas?

Afinal, em tempos de eleição, toda movimentação é calculada. E é inegável que a presença ou ausência de líderes como Jerônimo e ACM pode influenciar — e muito — o cenário local. Será que o simples fato de ACM não aparecer em Mata de São João é um reflexo de seu desgaste na região ou uma manobra para evitar associar sua imagem a uma possível derrota? Enquanto isso, Jerônimo parece estar ciente de onde pisar. E a pergunta que não quer calar: essas "ausências calculadas" são um sinal de desinteresse ou pura estratégia política?

Aguardamos cenas dos próximos capítulos, afinal, cada movimento ou omissão pode decidir o rumo da eleição.

*Este texto trata-se de um artigo de opinião de autoria do jornalista Ramon Santos, que expressa suas próprias reflexões sobre o cenário político local. As opiniões aqui contidas são pessoais e não representam o posicionamento editorial do É Notícias.