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Braskem investe R$ 650 milhões em busca de eficiência operacional e competitividade na Bahia
As operações da empresa no Polo Industrial de Camaçari representam cerca de 10% de toda produção do estado e contribuem com R$ 3,5 bilhões na arrecadação de impostos
17/12/2024 18h46
Por: Ramon Santos (DRT-6448/BA)
Foto: Divulgação

Em meio a um dos ciclos de baixa mais desafiadores das últimas três décadas para a indústria química global, a Braskem, uma das maiores petroquímicas do Brasil, segue firme em sua estratégia de fortalecimento da cadeia produtiva e busca por inovação. Em 2024, a empresa destinou R$ 650 milhões para investimentos em eficiência operacional e energética nas suas operações na Bahia, somando-se aos R$ 1,2 bilhão aplicados no ano anterior.

A Braskem tem adotado diversas iniciativas para otimizar suas operações e reduzir custos. Um exemplo disso é a Central de Gestão de Ativos (CGA), instalada na unidade Q1, em Camaçari. Utilizando os conceitos de Control Tower, a CGA monitora em tempo real os equipamentos das unidades industriais da Braskem no estado, analisando variáveis como temperatura, vazão e vibração. Por meio de algoritmos desenvolvidos pela empresa, é possível antecipar falhas e reduzir interrupções não planejadas, contribuindo para uma operação mais eficiente.

Carlos Alfano, diretor industrial da Braskem na Bahia, destaca que esses investimentos são parte de um esforço contínuo para melhorar a ecoeficiência e reduzir custos de produção. "A indústria tem feito sua parte", afirmou Alfano, ressaltando que, nos últimos dois anos, quase R$ 2 bilhões foram aplicados nas unidades baianas da empresa.

No entanto, o cenário global impõe desafios significativos. A demanda por produtos químicos tem sido inferior às médias de anos anteriores, e a adição de capacidade de produção em regiões como os Estados Unidos e Oriente Médio, onde o gás é matéria-prima mais barata, tem impactado a competitividade da indústria brasileira. "Os países donos das maiores economias mundiais vêm implementando fortes políticas públicas para incentivar o desenvolvimento de seus parques industriais", explica Renata Bley, diretora de Relações Institucionais da Braskem.

A competitividade do setor químico e petroquímico no Brasil também é afetada pela alta participação das importações, que, em 2024, alcançaram 49% da demanda interna, um recorde. A Associação Brasileira da Indústria Química (Abiquim) também aponta uma queda de quase 11% nas exportações brasileiras. Renata Bley reforça a necessidade de uma política estruturante para garantir a sustentabilidade do setor, como o fortalecimento do Regime Especial da Indústria Química (REIQ) e a manutenção de instrumentos de defesa comercial, como o Antidumping.

A Braskem, com oito unidades no estado da Bahia e capacidade de produção de 5 milhões de toneladas de produtos por ano, gera mais de 5 mil empregos diretos e indiretos no estado. A empresa também exerce um impacto significativo na economia local, contribuindo com R$ 3,5 bilhões em arrecadação de impostos e representando 10% da produção estadual. Além disso, a Braskem investe em projetos sociais que beneficiam diretamente mais de 9 mil pessoas em municípios baianos, com iniciativas voltadas para economia circular, mudanças climáticas, educação profissional e inclusão social.

Com um portfólio de resinas plásticas e produtos químicos para diversos setores, a Braskem continua sua trajetória de inovação, impulsionando a revolução dos materiais de base biológica e promovendo a circularidade do plástico. A empresa segue apostando em soluções sustentáveis para um futuro mais competitivo e responsável.

Sobre a Braskem
A Braskem é uma empresa petroquímica global com 40 unidades industriais no Brasil, EUA, México e Alemanha, e exporta para mais de 71 países. A companhia se dedica a oferecer soluções sustentáveis e a promover a inovação disruptiva, com foco na circularidade do plástico e no desenvolvimento de materiais de base biológica.