Política & Economia Política
Brasil passa a Exigir Visto para Turistas dos EUA, Canadá e Austrália a Partir Desta Quinta-Feira (10)
A medida, anunciada pelo governo brasileiro em maio de 2023, segue o princípio da reciprocidade, já que esses três países também exigem vistos de brasileiros.
09/04/2025 10h23
Por: Tatiane Almeida
Rovena Rosa/Agência Brasil

A partir desta quinta-feira (10 de janeiro de 2024), cidadãos dos Estados Unidos, Canadá e Austrália que desejarem visitar o Brasil como turistas precisarão obter um visto de entrada. A medida, anunciada pelo governo brasileiro em maio de 2023, segue o princípio da reciprocidade, já que esses três países também exigem vistos de brasileiros.

O Brasil tradicionalmente adota a política de reciprocidade em suas relações diplomáticas, ou seja, só concede isenção de visto a países que também liberam brasileiros da mesma exigência. Como EUA, Canadá e Austrália mantêm a obrigatoriedade do visto para viajantes do Brasil, o governo decidiu retomar a regra para seus cidadãos.

De acordo com o Ministério das Relações Exteriores (MRE), o Brasil continua em negociações para estabelecer acordos de isenção de vistos em bases recíprocas. 

A medida pode afetar o fluxo de turistas desses países, que estavam acostumados a entrar no Brasil sem visto desde 2019, quando o então presidente Jair Bolsonaro suspendeu a exigência de forma unilateral. Agora, com a retomada da regra, espera-se que os viajantes planejem com antecedência para evitar transtornos.

Interessados em visitar o Brasil deverão solicitar o visto eletrônico (e-Visa) ou presencialmente, dependendo do país, por meio dos consulados brasileiros. O processo inclui pagamento de taxas, envio de documentos e, em alguns casos, agendamento de entrevista.

A decisão reflete a política externa do governo Lula, que busca equilíbrio nas relações internacionais, priorizando acordos mútuos em vez de concessões unilaterais. Enquanto as negociações seguem, a exigência de visto permanece em vigor.

O Ministério do Turismo e o MRE afirmam que a medida não deve prejudicar o setor a longo prazo, mas destacam a importância de acordos bilaterais para facilitar o turismo entre os países.