A Polícia Federal (PF) encontrou em planilhas apreendidas mais de 100 codinomes de pessoas supostamente envolvidas em um esquema de desvio de recursos de emendas parlamentares, batizado de "Rei do Lixo". As informações foram levantadas durante a Operação Overclean, que investiga um suposto esquema de corrupção que teria movimentado R$ 1,4 bilhão em dinheiro público.
De acordo com a PF, os codinomes identificados nas planilhas correspondem a empresários, políticos e servidores públicos que atuaram no direcionamento de licitações para facilitar o desvio de verbas. Entre os crimes investigados estão lavagem de dinheiro, corrupção e organização criminosa.
Segundo as investigações, o grupo atuava na fraude a processos licitatórios, garantindo contratos públicos a empresas específicas em troca de vantagens financeiras. Parte do dinheiro desviado teria sido camuflado por meio de operações complexas, incluindo repasses por laranjas e empresas de fachada.
A operação, deflagrada em conjunto com o Ministério Público Federal (MPF), já realizou buscas e apreensões em endereços ligados aos investigados. Os nomes reais por trás dos codinomes ainda não foram divulgados, mas a PF adiantou que há indícios da participação de figuras com influência política e econômica no esquema.
As investigações continuam em sigilo, e a expectativa é que novas fases da operação sejam deflagradas para aprofundar a apuração. A PF também analisa documentos e dados digitais apreendidos para identificar a extensão da rede criminosa.
O caso reforça a preocupação com o desvio de emendas parlamentares, mecanismo frequentemente alvo de fraudes no Brasil. Autoridades afirmam que o esquema teria atuado por anos antes de ser desarticulado.
Ainda não há informações sobre possíveis prisões ou indiciamentos, mas a PF afirma que os envolvidos serão responsabilizados criminalmente conforme as provas colhidas.