A Polícia Federal (PF) intimou o diretor-geral da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), Luiz Fernando Corrêa, para prestar depoimento ainda nesta semana. O interrogatório faz parte do inquérito que investiga o suposto esquema de espionagem ilegal durante o governo de Jair Bolsonaro (PL), conhecido como "Abin Paralela".
PF busca apurar se houve obstrução às investigações sobre o caso e quer detalhes sobre a suposta operação de monitoramento ilegal de autoridades paraguaias durante as negociações envolvendo a usina de Itaipu.
Corrêa, indicado para o cargo pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), afirmou, em nota, que está "à disposição das autoridades competentes para prestar quaisquer esclarecimentos".
O caso "Abin Paralela" está sob investigação desde que veio à tona a suspeita de que a agência teria sido usada para fins políticos, monitorando ilegalmente autoridades, jornalistas e adversários do governo anterior. A expectativa é que o depoimento do diretor-geral ajude a esclarecer o funcionamento do suposto esquema e possíveis interferências nas apurações.
A PF ainda não divulgou a data exata do interrogatório, mas a oitiva deve ocorrer nos próximos dias. O caso segue sob sigilo judicial, mas novas informações devem ser compartilhadas conforme os avanços da investigação.