A Justiça do Rio de Janeiro determinou o bloqueio de mais de R$ 320 milhões em bens do ex-prefeito Marcelo Crivella (Republicanos), de ex-gestores municipais, empresários e empresas envolvidos em contratos irregulares durante a pandemia de Covid-19. A decisão atende a um pedido do Ministério Público, que aponta atos lesivos à administração pública, incluindo superfaturamento e desvios em licitações emergenciais.
Segundo as investigações, os recursos desviados deveriam ter sido destinados ao combate à crise sanitária, mas teriam sido utilizados de forma irregular em contratos suspeitos. Além de Crivella, a medida atinge ex-secretários municipais e empresários que supostamente se beneficiaram dos esquemas.
O caso reforça as denúncias de corrupção na gestão da pandemia, período em que municípios e estados recorreram a compras emergenciais, muitas vezes sem os devidos controles. A defesa de Crivella nega irregularidades e afirma que todas as ações foram realizadas dentro da legalidade.
Agora, os envolvidos terão que comprovar a origem dos bens bloqueados, enquanto a Justiça avalia as provas para decidir sobre a possível condenação e o destino dos valores recuperados. O caso segue em andamento, com expectativa de novas delações e desdobramentos.