A morte do casal de rifeiros, Rodrigo da Silva Santos, de 33 anos, e Hynara Santa Rosa da Silva, 39, na localidade Canto do Rio Jacuípe, em Barra de Jacuípe, município de Camaçari, na Região Metropolitana de Salvador, ainda é cercada de mistério.

O crime ocorreu no início da tarde de domingo (11), após uma tarde de diversão do casal com alguns amigos. Horas antes do duplo homicídio, Digony, como Rodrigo era conhecido, fez uma sequência de stories anunciando suas rifas, ao lado de um amigo, à beira mar e no comando de um jetski.

Segundo informações iniciais, dois homens são suspeitos de terem matado o casal. Eles teriam chegado na marina, que fica dentro do condomínio, por volta de 16h30 em um carro branco, e ficaram bebendo em um bar. Quando o casal se levantou para ir embora, os suspeitos atiraram contra Rodrigo e Hynara pelas costas, à queima roupa e depois fugiram.

Em nota enviada ao BNews, a Polícia Militar afirmou que a "unidade foi acionada pelo Cicom com a informação de que haviam dois corpos ao solo, sendo um do sexo masculino e outro feminino, vítimas de disparos de arma de fogo, na localidade Canto do Rio Jacuípe, em Barra de Jacuípe, município de Camaçari.

No local, os policiais militares constataram o fato, fizeram o isolamento do local e acionaram o Departamento de Polícia Técnica (DPT), para realização da perícia e remoção do corpo. A autoria e motivação serão investigadas pela polícia judiciária".

Já a Polícia Civil informou ao BNews que a investigação está em fase inicial. “A 33ª DT / Monte Gordo vai investigar as mortes do casal Rodrigo da Silva Santos, de 33 anos, e Hynara Santa Rosa da Silva, 39, atingidos por disparos de arma de fogo, na região de Barra do Jacuípe, em Camaçari, no Litoral Norte baiano, neste domingo (11). Equipes do Silch/RMS realizaram os levantamentos iniciais e expediram as guias periciais e de remoção. A autoria e a motivação ainda são desconhecidas”.

Premonição

No sábado (10), Naroka, como Hynara era conhecida, compartilhou vídeos em que apareceu chorando e afirmando que estava triste por ter se lembrando de alguns momentos da sua adolescente, e de quanto o tempo foi capaz de afastá-la de pessoas especiais.

A lembrança surgiu após uma amiga de infância da rifeira postar fotos antigas, relembrando o passado, e comentar que não tinha fotos com ela, pois, apesar de serem melhores amigas, Hynara ia 'de casa para escola, da escola para casa'.

A blogueira ainda teria confidenciado a uma amiga ter sonhado com um ataque. Em uma mensagem enviada à influenciadora Bruna Luma, ex-mulher de Iuri Sheik, ela contou que sonhou com a amiga sendo assassinada.

"Sonhei que eu estava com você no Comércio, com roupa de academia e parou um carro e chamou o nome dela, aí deram um tiro, eu me escondi atrás da árvore e consegui rastejar até meu carro e comeu [si] a chamar ela, porque meu carro é blindado.. eles atiravam tanto e eu saí correndo até à polícia.. e acordei assustada".

Na mensagem, enviada através da rede social, Naroka, que ostentava uma vida de luxo e na companhia de vários famosos, ainda faz um alerta para Bruna. "Tenha cuidado viu. Meus sonhos são sempre avisos", disse. "Misericórdia. Tá repreendido em nome de Jesus", rebate a amiga assustada com o sonho.

Ostentação

O casal também ostentava uma vida de luxo nas redes sociais. Área VIP em festas, carros de luxo, viagens e proximidade com artistas; nisso se resumem as postagens do casal, para além das publicações relacionadas as rifas que eles vendiam.

Na página de Rodrigo, ele se intitula como empresário. Além das rifas, ele estaria por trás dos cantores Juninho Lopez e Thiago Paulo, além da DG Produções; uma produtora de festas em Salvador e Região Metropolitana. Isso explicaria a facilidade com que o casal transitava entre famosos baianos como Bruno Magnata, Thiago Aquino, e os influencers Cristian Bell e sua namorada Rafaela Moreira.

Algumas postagens de Rodrigo e Hynara eram exatamente para exaltar alguma conquista financeira, seja com carro de luxo ou mesmo com jet ski. Esse último, inclusive, utilizado pelo casal pouco antes de serem assassinados, em Barra do Jacuípe.