Enfim, Bahia City. Nesta quinta-feira (4), o Tricolor se tornou, oficialmente, um dos 13 clubes integrantes do Grupo City. Em cerimônia, o presidente do time baiano, Guilherme Bellintani, e o CEO do conglomerado, Ferran Soriano, oficializaram o acordo - processo que foi iniciado em dezembro do ano passado, quando os sócios aprovaram a venda de 90% da Sociedade Anônima do Futebol (SAF) do clube.

"Nós estamos hoje ao lado do maior grupo de futebol do mundo. A escolha do Grupo City pelo Bahia e a escolha do Bahia pelo Grupo City é resultado de uma visão audaciosa e moderna que o grupo tem sobre o futebol brasileiro, mas, do nosso lado, da admiração e do protagonismo que nós vemos no grupo em termos mundiais", destacou Bellintani.

No evento, Soriano celebrou a parceria e disse que o Bahia será o segundo maior clube do grupo. "Celebramos hoje o primeiro dia de um relacionamento, de uma viagem, uma viagem que tem objetivo de levar o Bahia até o máximo do seu potencial. O Bahia vai ser o segundo maior clube do grupo. Também pela sua função social."

O CEO ressaltou ainda que esse é um projeto de longo prazo, em que todas as decisões serão tomadas com base em análises bem feitas. Questionado sobre quando o clube passará a disputar títulos e vagas em competições internacionais, Soriano disse que não tem data determinada. 

"O caminho é ter um time competitivo para a Série A. Depois disso, vamos construindo passo a passo. Eu vejo o momento em que o time vai estar consolidado e participando das competições regionais [continentais]. Em quanto tempo, não sei. O time vai precisar de mais tempo", explicou.

Durante o processo, além da criação da SAF, foi concluída a transferência dos contratos dos jogadores. Agora, os atletas têm vínculo com o Bahia S.A.F., que apresenta novo número de CNPJ e um registro diferente nas competições nacionais. As cores e a logomarca do grupo também já podem ser vistas na Cidade Tricolor, centro de treinamento do clube.

O acordo permanecerá em vigor por um prazo determinado de 90 anos, com a possibilidade de renovação. Na venda, o Grupo City se comprometeu a colocar R$ 1 bilhão no Bahia: mínimo de R$ 500 milhões para a compra de jogadores; R$ 300 milhões para o pagamento de dívidas; e R$ 200 milhões para infraestrutura, categorias de base, capital de giro, entre outros - item não obrigatório.