A Barragem de Santa Helena, localizada no município de Dias D’Ávila, na Bahia, completa 39 anos de sua trágica ruptura em 2024. Em 10 de maio de 1985, a barragem se rompeu após dias de chuvas intensas, causando uma inundação devastadora que submergiu cerca de 100 casas e desalojou cinco mil pessoas na aldeia de pescadores em Camaçari.
O rompimento, ocorrido às 15h30, foi precedido por um estrondo que alertou a população. A água rapidamente invadiu a aldeia, onde ainda se viam vestígios do movimento hippie dos anos 60. Apesar das ações prévias do governo do estado para evacuar a área devido ao risco crescente, muitas famílias perderam todos os seus pertences e tiveram que reconstruir suas vidas em outros locais. Os danos foram estimados em 100 bilhões de cruzeiros.
Após o desastre, a barragem foi reconstruída pelo governo do estado em 1999. Desde então, a estrutura desempenha um papel crucial no abastecimento de empresas do Polo Petroquímico de Camaçari. Durante períodos de estiagem, a água da Barragem de Santa Helena também é bombeada para a Barragem de Joanes II, que fornece 40% da água consumida em Salvador.
Em 2017, a barragem passou por obras de reforço e recuperação, e a Defesa Civil elaborou um Plano de Ação Emergencial para enfrentar possíveis novos riscos. Localizada a cerca de 73 km de Salvador, a barragem está em uma área de Mata Atlântica que abriga diversas espécies de fauna e flora.
Em dezembro deste ano, a área ao redor da Barragem de Santa Helena será enriquecida com a inauguração de um Parque Esportivo e Ecológico, oferecendo 16 atrações esportivas aos visitantes. Esse novo projeto reforça o compromisso com o desenvolvimento sustentável e o lazer para a comunidade local.
A história da Barragem de Santa Helena é um testemunho de resiliência e transformação. De uma tragédia que devastou uma comunidade, a barragem se tornou um recurso essencial para a indústria e a população, simbolizando a capacidade de superação e adaptação da região.