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Cinco igrejas históricas são interditadas em Salvador após desabamento na Igreja de São Francisco

Medida preventiva visa garantir segurança de fiéis e turistas; templos passam por avaliações estruturais e aguardam reparos

Por: Tatiane Almeida
13/02/2025 às 17h54
Cinco igrejas históricas são interditadas em Salvador após desabamento na Igreja de São Francisco
Reprodução/Codesal

Salvador, BA – Após o desabamento parcial da Igreja de São Francisco, ocorrido na última quinta-feira (12), a Prefeitura de Salvador decidiu interditar outras cinco igrejas históricas da cidade como medida preventiva. O objetivo é evitar possíveis acidentes e garantir a segurança de fiéis e turistas que frequentam esses locais, muitos deles centenários e considerados patrimônios culturais. O desabamento na Igreja de São Francisco, localizada no Pelourinho, chamou a atenção para a necessidade de uma inspeção mais rigorosa nas estruturas de prédios históricos. De acordo com a Defesa Civil, o incidente foi causado por infiltrações e pela falta de manutenção adequada. Felizmente, não houve vítimas, mas o caso serviu de alerta para o risco de danos em outras construções antigas.

As cinco igrejas interditadas passam por avaliações técnicas para identificar problemas como rachaduras, infiltrações e instabilidade estrutural. Entre os templos fechados temporariamente estão a Igreja do Carmo, a Igreja de Nossa Senhora do Rosário dos Pretos, a Igreja da Ordem Terceira de São Francisco, a Igreja de São Pedro e a Igreja de Nossa Senhora da Conceição da Praia. Todas são pontos turísticos importantes e recebem milhares de visitantes anualmente. O secretário municipal de Infraestrutura, Marcelo Lino, afirmou que as interdições são necessárias para evitar tragédias maiores. "Estamos priorizando a segurança da população e dos turistas. As igrejas serão reabertas assim que as reformas necessárias forem concluídas e a estrutura for considerada segura", declarou.

A Arquidiocese de Salvador emitiu uma nota informando que está colaborando com as autoridades e que já iniciou campanhas para arrecadar fundos para as obras de restauro. "Esses templos são parte da nossa história e da nossa fé. Precisamos preservá-los para as futuras gerações", disse o arcebispo Dom Sérgio da Rocha. 

Enquanto as igrejas permanecem fechadas, missas e celebrações estão sendo transferidas para capelas e salões paroquiais próximos. A previsão é que as inspeções e os reparos levem algumas semanas, mas o prazo pode ser estendido dependendo da complexidade dos problemas encontrados.

O caso reacendeu o debate sobre a preservação do patrimônio histórico de Salvador, uma das cidades mais antigas do Brasil. Especialistas alertam que, sem investimentos contínuos em manutenção, outros prédios históricos podem correr o mesmo risco. A população espera que o poder público e a iniciativa privada se unam para garantir a conservação desses símbolos da cultura e da religiosidade baiana. Enquanto isso, turistas e moradores lamentam o fechamento temporário das igrejas, mas reconhecem a importância das medidas. "É triste não poder visitar esses lugares tão bonitos, mas é melhor prevenir do que remediar", comentou Maria Silva, uma turista de São Paulo que visitava a cidade.

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