Estudos recentes têm chamado a atenção para um hábito aparentemente inofensivo, mas que pode trazer impactos silenciosos à saúde: dormir sem tomar banho. Segundo especialistas em dermatologia e neurociência, a prática frequente pode acelerar o envelhecimento da pele, prejudicar a qualidade do sono e até afetar o desempenho cerebral a longo prazo.
O acúmulo de poluição, suor, células mortas e resíduos do dia — especialmente em regiões urbanas — favorece inflamações cutâneas durante a noite, período em que a pele está mais ativa em processos de renovação celular. “É como dormir com sujeira grudada nos poros. Isso atrapalha a respiração da pele e acelera a formação de rugas”, alerta a dermatologista Maria Ferreira.
Além disso, o corpo não consegue “desligar” totalmente se ainda carrega os estímulos e tensões acumuladas ao longo do dia. “O banho morno à noite sinaliza ao cérebro que é hora de desacelerar. Pular essa etapa interfere na liberação de hormônios do sono, como a melatonina”, explica o neurologista Carlos Muniz.
Apesar de parecer apenas uma questão de higiene, o costume pode ter reflexos diretos na saúde mental e no envelhecimento precoce. A recomendação dos especialistas é clara: mesmo que seja um banho rápido, ele deve fazer parte da rotina noturna.