A belíssima paisagem de Olivença, distrito de Ilhéus, emoldurou a realização da primeira edição dos Jogos Estudantis Indígenas da Bahia (JEIBA 2023), iniciado nesta quinta-feira, com atividades prosseguindo nesta sexta-feira (6). A competição contou com 300 estudantes de seis colégios da rede estadual de ensino de Olivença e dos municípios de Buerarema e Pau Brasil. Sediado na Aldeia Tupinambá de Olivença, o encontro teve como objetivo promover a integração dos alunos indígenas entre as aldeias Tupinambá e Pataxó e com a sociedade local e, especialmente, o respeito, a valorização e a afirmação da sua cultura, tendo a educação como uma das principais ferramentas para a afirmação cultural dos povos indígenas.
Participante assídua nos dois dias do JEIBA em Olivença, a estudante Amanary Pataxó dos Santos, 16 anos, cursando o 2º ano técnico em Agrocologia no Colégio Estadual da Aldeia indígena Caramuru Paraguaçu, está convicta da importância da ação promovida pelo Governo do Estado, através da Secretaria da Educação do Estado da Bahia. “Os jogos indígenas são essenciais para o fortalecimento da nossa cultura e para o intercâmbio cultural entre nós, jovens indígenas. São também uma oportunidade para criarmos novos laços de amizade e formação de novas lideranças, novos caciques e, assim, continuarmos a luta do nosso povo”.
O coordenador dos Jogos Estudantis Indígenas da Bahia do Núcleo Territorial de Educação litoral Sul (NTE-5), Cristovão Crispim de Carvalho Filho, ressaltou a importância da iniciativa no sentido de dar visibilidade a esse protagonismo estudantil e, por meio dessas ações culturais, fortalecer a identidade cultural dos povos indígenas. “Esta primeira edição dos jogos estudantis indígenas em Olivença é uma oportunidade maravilhosa de valorização da cultura indígena. No nosso território, aqui no Litoral Sul, temos as etnias Tupinambá e Pataxó”, pontuou.
Participaram do JEIBA 2023 estudantes dos colégios estaduais Tupinambá Serra do Padeiro; da Aldeia Indígena Caramuru Paraguaçu; Indígena Tupinambá de Abaeté; Indígena Tupinambá de Acuípe de Baixo; Indígena Tupinambá de Olivença; e Indígena Amotara.
Fonte: Ascom/SEC