A implementação do modelo de escolas cívico-militares no estado de São Paulo avança com a realização de consultas públicas a partir desta segunda-feira (17). Essas consultas são um passo crucial no processo, pois envolvem a comunidade escolar — incluindo alunos, pais, responsáveis e equipes pedagógicas — na decisão sobre a adoção do modelo a partir do segundo semestre de 2025.
Outras duas rodadas de consulta estão previstas para unidades que não atinjam a quantidade de votos válidos: em 4 de abril, as escolas deverão informar sobre quórum insuficiente e a segunda consulta acontecerá pela SED entre 7 e 9 de abril. Caso haja necessidade de uma terceira rodada, o período de votação previsto no calendário é de 15 a 17 de abril. O resultado final será divulgado em 25 de abril. As etapas do processo e a lista de escolas estão publicadas na edição de 28 de fevereiro do Diário Oficial do Estado .
A Secretaria da Educação do Estado de São Paulo (Seduc-SP) selecionou 300 escolas que já haviam demonstrado interesse no modelo no ano passado. Dessas, a expectativa é que até 100 unidades sejam efetivamente transformadas em escolas cívico-militares. O modelo combina a gestão compartilhada entre civis e militares, com foco em disciplina, organização e melhoria do desempenho acadêmico.
A consulta pública é um mecanismo importante para garantir que a decisão seja democrática e reflita o desejo da comunidade escolar. Após essa etapa, as escolas que obtiverem apoio majoritário seguirão para a fase de implementação do programa. O governo estadual espera que o modelo contribua para a melhoria da qualidade do ensino e do ambiente escolar, além de reduzir índices de violência e evasão.
As escolas cívico-militares representam uma proposta bem polêmica e com grandes adaptações às realidades das comunidades escolares.