Nos últimos anos, a energia solar vem ganhando espaço no Brasil e acaba de alcançar um marco histórico: tornou-se a segunda maior fonte da matriz elétrica nacional, representando 22% da capacidade instalada no país. Além disso, o setor tem contribuído significativamente para a redução das emissões de gases de efeito estufa, evitando a liberação de aproximadamente 66,6 milhões de toneladas de dióxido de carbono (CO²) na atmosfera.
O avanço da energia solar no Brasil tem sido impulsionado pela queda nos custos de equipamentos, pelos incentivos governamentais e pela busca por fontes renováveis mais sustentáveis. De acordo com dados da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar), o país ultrapassou a marca de 35 gigawatts (GW) de potência instalada, considerando tanto usinas de grande porte quanto sistemas de geração distribuída (painéis em telhados, pequenos comércios e indústrias).
Essa expansão coloca o Brasil entre os dez maiores produtores de energia solar do mundo, superando fontes tradicionais, como a nuclear e termelétricas movidas a combustíveis fósseis.
A adoção em larga escala da energia solar tem evitado a emissão de milhões de toneladas de CO², um dos principais gases responsáveis pelo aquecimento global. De acordo com cálculos da Absolar, os 66,6 milhões de toneladas de CO² que deixaram de ser lançados na atmosfera equivalem ao plantio de mais de 450 milhões de árvores nativas ou à retirada de cerca de 28 milhões de carros das ruas por um ano.
Com a demanda por energia limpa em alta, o Brasil tem potencial para se tornar uma potência global no setor, atraindo investimentos e gerando empregos. Nos próximos anos, a expectativa é que a energia solar ultrapasse a hidrelétrica como principal fonte da matriz elétrica nacional, consolidando o país como líder em energias renováveis.