O Conselho Nacional de Educação (CNE) divulgou, nesta segunda-feira (24), as diretrizes técnicas para regulamentar o uso de celulares e tablets em escolas públicas e particulares de todo o país. O documento detalha a proibição já em vigor desde janeiro, determinada pelo Ministério da Educação (MEC), e orienta as instituições sobre como implementar a medida.

Alunos não podem utilizar esses dispositivos durante as aulas em escolas públicas e particulares.

O CNE não aconselha bloquear o sinal de internet nas escolas, sugerindo outras formas de mediação.

O documento traz orientações mais específicas sobre como as instituições devem implementar a medida.

A decisão do MEC, agora reforçada pelo CNE, baseia-se em pesquisas que apontam prejuízos ao rendimento escolar devido ao uso excessivo de dispositivos móveis. Países como França e Holanda já adotaram medidas semelhantes. No entanto, o debate continua sobre como equilibrar a restrição com o uso pedagógico da tecnologia.

As escolas e redes de ensino terão que adequar seus regimentos internos às diretrizes. Especialistas sugerem que, em vez de apenas proibir, as instituições promovam debates sobre uso consciente da tecnologia com alunos e famílias.

Enquanto alguns defendem a medida como necessária para combater a dispersão em sala, outros criticam a falta de infraestrutura para substituir recursos digitais em muitas escolas brasileiras. O desafio agora será implementar a regra sem prejudicar atividades que dependem de dispositivos móveis para fins educativos.