O líder norte-coreano, Kim Jong Un, supervisionou nesta quinta-feira (27) testes de novos drones suicidas e de reconhecimento equipados com tecnologia de Inteligência Artificial (IA), conforme divulgado pela imprensa estatal do país. Os equipamentos, apresentados inicialmente em agosto de 2023, têm como objetivo reforçar a capacidade ofensiva e de vigilância da Coreia do Norte em meio a crescentes tensões regionais.
Os chamados "drones assassinos" são projetados para ataques precisos, enquanto os modelos de reconhecimento ampliam a capacidade de monitoramento estratégico. A incorporação de IA sugere um avanço na autonomia desses sistemas, permitindo operações mais complexas com menor intervenção humana.
Analistas internacionais destacam que o desenvolvimento acelerado do programa armamentista norte-coreano pode estar vinculado ao fortalecimento da aliança com a Rússia. Nos últimos meses, os dois países intensificaram a cooperação militar, incluindo supostas transferências de tecnologia e insumos bélicos. Essa parceria tem levantado preocupações entre os EUA e seus aliados, que veem o alinhamento entre Pyongyang e Moscou como uma ameaça à estabilidade global.
A Coreia do Norte tem priorizado a modernização de suas forças armadas, com testes frequentes de mísseis e sistemas não tripulados. O uso de IA em drones representa mais um passo na militarização de tecnologias avançadas, ampliando os desafios para a segurança internacional. Autoridades ocidentais monitoram os movimentos do regime, temendo que esses avanços possam desequilibrar ainda mais o cenário geopolítico.
Enquanto Pyongyang celebra os supostos êxitos, a comunidade global discute medidas para conter a proliferação de armas autônomas e o aprofundamento da cooperação militar entre países sob sanções, como Coreia do Norte e Rússia.