Nesta quarta-feira (9), o Diário Oficial da União (DOU) publicou a exoneração de Juscelino Filho, ministro das Comunicações, do cargo que ocupava no governo federal. A decisão foi assinada pelo presidente em exercício, Geraldo Alckmin (PSD), e ocorreu a pedido do próprio ministro.
A saída de Juscelino Filho acontece um dia após a Procuradoria-Geral da República (PGR) apresentar uma denúncia formal contra ele, acusando-o de envolvimento em um suposto esquema de desvio de emendas parlamentares operado por meio da Codevasf (Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba).
Segundo a PGR, o ministro teria participado de irregularidades na destinação de recursos públicos, em um caso que vem sendo investigado há meses. A denúncia reforça suspeitas anteriores sobre o uso indevido de verbas federais.
Juscelino Filho, que é filiado ao União Brasil, nega as acusações e afirma que pediu demissão para se dedicar à sua defesa. A exoneração marca mais um episódio de turbulência no governo federal envolvendo alegações de corrupção.
O Ministério das Comunicações, responsável por políticas de telecomunicações e inclusão digital, agora aguarda a nomeação de um novo titular. Até o momento, o Palácio do Planalto não divulgou quem assumirá a pasta interinamente ou em caráter definitivo.
A situação deve reacender debates sobre fiscalização e transparência no uso de recursos públicos, especialmente em meio a escândalos recentes envolvendo órgãos federais.
Atualização: A assessoria da Presidência informou que, em breve, será anunciado um substituto para o cargo. Enquanto isso, a PGR deve continuar as investigações sobre o caso.