A diretora de Assuntos Econômicos da Secretaria Executiva, Helena Venceslau, representou o Ministério de Portos e Aeroportos na 2ª Reunião da Força-Tarefa do BRICS sobre Parcerias Público-Privadas e Infraestrutura (TFPPI) e no seminário “A New Era of Growth: Reshaping Infrastructure Financing in BRICS Countries”, realizados nos dias 5 e 6 de maio, em Abu Dhabi, Emirados Árabes Unidos.
Os eventos foram promovidos pela presidência brasileira do BRICS, por meio do Ministério da Fazenda, em parceria com o Ministério das Finanças dos Emirados Árabes Unidos.
Durante o seminário, Helena apresentou o tema “Finanças Mistas e Infraestrutura Resiliente ao Clima: Ecoinvest e o Plano Brasileiro de Transformação Ecológica”, e destacou os principais desafios enfrentados por projetos de infraestrutura de longo prazo. Em sua fala, a diretora ressaltou a importância do investimento em setores estratégicos sob responsabilidade do Ministério de Portos e Aeroportos, como o desenvolvimento de combustíveis de aviação sustentáveis, diretamente relacionado às políticas e regulamentações do setor aéreo.
“A dificuldade de acesso e os custos elevados dos instrumentos de hedge cambial de longo prazo tornam os investimentos mais onerosos e arriscados, o que acaba por desestimular diversos setores”, afirmou.
A diretora também enfatizou a necessidade de construir estratégias práticas e voltadas para o futuro, baseadas em uma visão integrada, sustentável e inclusiva.
“No ano passado, a primeira operação com uso de blended finance — utilizando o mecanismo de ‘multas combinadas’ — atraiu 12 propostas de instituições financeiras, resultando em uma alavancagem de capital de dez vezes o valor aportado pelo governo. Na transição energética, aproximadamente seis bilhões já foram investidos em combustível de aviação sustentável”, disse Helena.
Sobre o programa
Como resposta aos desafios apresentados, o governo brasileiro instituiu o programa Ecoinvest, por meio de legislação aprovada em outubro de 2014, no âmbito do Fundo Climático Global.
O programa visa atrair investimentos para setores prioritários da economia verde, utilizando, de forma estratégica, instrumentos financeiros como derivativos de hedge cambial — considerados essenciais para reduzir os riscos percebidos por investidores internacionais em projetos de infraestrutura de longo prazo no Brasil.
Assessoria Especial de Comunicação Social
Ministério de Portos e Aeroportos