
O secretário e articulador político Ademar Lopes admitiu publicamente, pela primeira vez, que seu nome está colocado para a disputa de uma cadeira na Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA) nas eleições de 2026. A possibilidade ganha força diante do crescimento da base eleitoral construída no interior do estado e do alinhamento estratégico com a deputada federal Ivoneide Caetano, que já possui presença consolidada nos territórios.
“Camaçari está com mais de 220 mil eleitores agora e nós temos o que não tínhamos antes: uma base sólida no interior da Bahia, construída ao longo de campanhas que coordenei”, afirmou Lopes, ao destacar o lastro que ajudou a erguer no oeste, Irecê, Sisal, Recôncavo, Feira de Santana, RMS e Nordeste baiano.
Ao ser questionado diretamente sobre 2026, Lopes foi categórico ao afirmar que a construção política passa necessariamente pela liderança de Luiz Caetano, atual prefeito e principal articulador do grupo.
“Não vou fazer campanha para deputado estadual sem autorização do meu líder. Quando ele disser: ‘Lopes, você tem condições?’, eu tenho que estar habilitado. Então estou me habilitando.”
Mesmo com o nome circulando entre lideranças regionais, o secretário enfatizou que não fará movimentação eleitoral interna no governo e que seu papel administrativo e político é para ajudar Camaçari. “Não quero — e não vou — contaminar a administração. Sou secretário, e temos responsabilidade com Camaçari. Não vamos usar o poder para brincar de fazer política.”
Ao tratar das projeções para 2026, Lopes citou apenas dois nomes da base governista que devem disputar vagas na Assembleia:
Júnior Muniz – deputado estadual em plena consolidação política;
Tagner Cerqueira – líder do governo e quadro emergente do PT.
Segundo ele, as pré-candidaturas caminham com maturidade e sem atritos internos:
“Júnior não depende do apoio de Caetano no interior, tem autonomia. Tagner emerge como um jovem político com potencial e será um grande representante na Assembleia, se candidato for.”
Lopes manteve seu próprio nome na lista, mas sem personalismo:
“Estou me habilitando para, se porventura ele precisar, eu estar pronto. Nosso papel não pode ser uma determinação pessoal de ninguém, e sim decisão do líder e do conjunto político.”
Com a janela de desincompatibilização se aproximando, Lopes afirmou que está preparado para qualquer decisão que venha do núcleo do grupo:
“Se assim for, estarei pronto. Nossa base no interior já está organizada.”
Nos bastidores, sua possível candidatura é interpretada como peça-chave para ampliar o campo de atuação do grupo no interior e fortalecer reciprocamente a estrutura eleitoral de Ivoneide, que se consolida nacionalmente.
A eventual dobradinha entre Ivoneide e Lopes, segundo analistas e quadros internos, garantiria não apenas capilaridade territorial, mas também coesão política e fortalecimento de um projeto que já ultrapassa os limites de Camaçari e se projeta para todo o estado.
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