O candidato a prefeito de Salvador pelo MDB, Geraldo Júnior, levantou questionamentos sobre a venda de áreas públicas da cidade a empresários próximos ao prefeito Bruno Reis (União Brasil) e ao ex-prefeito ACM Neto (União Brasil). Durante o programa eleitoral da coligação “Salvador pra Toda Gente”, exibido na última segunda-feira (30), foram apresentados dados que apontam a venda de 160 áreas verdes da capital baiana nos últimos 10 anos, totalizando 958 mil metros quadrados – uma área comparável ao bairro do Engenho Velho de Brotas.
Entre os terrenos mencionados está o do supermercado HiperIdeal, localizado na Avenida Juracy Magalhães, de propriedade de João Gualberto (PSDB), ex-prefeito de Mata de São João e aliado de Bruno Reis. Outro exemplo citado foi o do Atakarejo, na Avenida Vasco da Gama, pertencente ao empresário Teobaldo Costa (União Brasil). Ambos são próximos ao grupo político liderado por ACM Neto na Bahia.
Geraldo Júnior chamou atenção para a importância de se discutir a transparência dessas vendas e o impacto para a cidade. “A desafetação foi autorizada pela Câmara Municipal, mas é importante que se coloque limites e se busque mais transparência nas negociações. Precisamos garantir que o interesse público prevaleça”, afirmou o candidato, que é apoiado pelo presidente Lula (PT).
O episódio também remete a uma situação semelhante vivida no litoral de Mata de São João, onde áreas verdes têm sido destinadas à construção de condomínios e casas de alto padrão. Geraldo defende que, em Salvador, os terrenos públicos deveriam ser utilizados para a construção de equipamentos coletivos, como escolas e espaços comunitários, sempre com foco no benefício da população.
A questão levantada por Geraldo Júnior visa trazer ao debate a gestão das áreas públicas, buscando um equilíbrio entre o desenvolvimento da cidade e a preservação de espaços verdes para o uso coletivo dos cidadãos.
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