A Praia do Forte, na Bahia, não é apenas um dos destinos mais encantadores do litoral brasileiro por suas belezas naturais e rica biodiversidade marinha, mas também um modelo de equilíbrio entre turismo e sustentabilidade. A região se destaca por iniciativas que preservam o ecossistema local e promovem a responsabilidade ambiental.

Um dos pilares dessa agenda é o Projeto Tamar, referência global em conservação marinha desde a década de 1980. Presente em 23 localidades ao longo do litoral brasileiro, o projeto é responsável por cerca de 84% das ações previstas no Plano Nacional de Ação para a Conservação das Tartarugas Marinhas, do ICMBio/MMA. Na Praia do Forte, a cada temporada de desova, aproximadamente 25 mil ninhos de tartarugas marinhas são protegidos, um esforço que tem impactos significativos para a preservação da espécie.

A região também se tornou palco para inovações sustentáveis, como o TEDx Praia do Forte, o primeiro evento na Bahia a receber o certificado Lixo Zero, concedido pelo Instituto Lixo Zero Brasil e validado pela Zero Waste International Alliance. A iniciativa inclui o plantio de cem mudas de árvores nativas, reforçando o compromisso com a recuperação ambiental. Ricardo Koanuka, idealizador do evento, destaca que práticas como o reaproveitamento de mais de 90% dos resíduos e a compensação de emissões através da prática Carbono Zero geram um legado que demonstra o poder transformador do turismo sustentável.

O futuro da conservação na região ganha ainda mais força com o lançamento previsto, em 2025, do Selo Guardiões da Floresta Aruá, que reconhecerá iniciativas voltadas para a preservação ambiental. Inserida no loteamento Quintas do Castelo, a Floresta do Aruá ocupa uma área de 943 hectares de Mata Atlântica em avançado estado de recuperação. A iniciativa promete incentivar o plantio compensatório e a proteção de árvores nativas, consolidando a Praia do Forte como um exemplo de integração entre conservação e desenvolvimento.

Essas ações reforçam como o turismo pode ir além do lazer, atuando como um agente de transformação ambiental e social, capaz de preservar o que há de mais valioso na natureza brasileira.