O mercado financeiro brasileiro viveu mais um dia de turbulência nesta segunda-feira (7), com o dólar disparando 1,29% e fechando a R$ 5,9106 na venda, enquanto o Ibovespa, principal índice da Bolsa de Valores brasileira, recuou 1,31%, encerrando o pregão em 125.588 pontos. A alta da moeda norte-americana e a queda das ações refletem o clima de incerteza global, impulsionado pelo chamado "tarifaço" do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e pelo temor de uma guerra comercial em escala mundial.
No sábado (5), entraram em vigor as novas tarifas impostas pelos EUA sobre importações de mais de 180 países, variando entre 10% e 50%. A medida, anunciada na quarta-feira (2), foi uma resposta direta a políticas comerciais que o governo americano considera desleais. A China, principal alvo das medidas, não demorou a reagir: na sexta-feira (4), Pequim impôs tarifas de 34% sobre produtos americanos, em retaliação às taxas extras aplicadas pelos EUA.
Nesta segunda, a tensão escalou ainda mais quando Trump ameaçou elevar as tarifas sobre a China em 50% adicionais caso o país não recuasse. A declaração reacendeu os temores de uma guerra comercial aberta, com impactos potencialmente graves na economia global, incluindo pressão inflacionária e desaceleração do crescimento.
No Brasil, a combinação de incertezas externas e aversão ao risco levou investidores a buscar ativos mais seguros, como o dólar, enquanto as bolsas ao redor do mundo registravam quedas expressivas.
Enquanto os governos avaliam próximos passos, o mercado segue em alerta. Para o investidor brasileiro, a recomendação é cautela, com atenção redobrada aos desdobramentos das tensões entre EUA, China e outros parceiros comerciais.