A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) confirmou que a bandeira tarifária vermelha no patamar 1 será aplicada em junho. A decisão foi tomada devido à previsão de chuvas abaixo da média e à redução no volume dos reservatórios das usinas hidrelétricas, obrigando o acionamento de termoelétricas, que têm custo mais elevado.
O sistema elétrico brasileiro depende fortemente das hidrelétricas, que respondem por grande parte da geração de energia no país. No entanto, com a diminuição das chuvas e a baixa vazão dos rios nas principais regiões de reservatórios, como Sudeste e Centro-Oeste, a capacidade de produção diminui.
Para compensar, o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) precisa acionar usinas termoelétricas, que são mais caras e emitem mais poluentes. Esse custo adicional é repassado aos consumidores por meio do sistema de bandeiras tarifárias.
Com a bandeira vermelha nível 1, uma residência que consumir 200 kWh por mês terá um acréscimo de R$ 8,93 na conta. Já um consumo maior, como 500 kWh, terá um adicional de R$ 22,32.
Se as condições piorarem, a Aneel pode elevar para a bandeira vermelha nível 2, que tem um custo extra de R$ 9,492 por 100 kWh – mais que o dobro do valor atual.
A tendência é que o sistema continue sob pressão até o início do próximo período chuvoso, que geralmente ocorre entre outubro e novembro. Se as chuvas não se normalizarem, novas altas nas tarifas podem ocorrer.
Enquanto isso, o governo monitora os reservatórios e estuda medidas para evitar um racionamento, como ocorreu em crises anteriores.