O prefeito de Recife, João Campos (PSB), foi oficialmente eleito presidente nacional do Partido Socialista Brasileiro (PSB) durante a convenção da legenda, realizada em Brasília entre sexta-feira (30) e este domingo (1º). Aos 35 anos, Campos se torna um dos principais nomes do partido e assume a liderança das estratégias políticas do PSB rumo às eleições de 2026.
Em seu discurso, o novo presidente reafirmou o alinhamento do PSB com o governo Lula e destacou o apoio à manutenção de Geraldo Alckmin (PSB) como vice-presidente na chapa petista na próxima disputa presidencial.
— O PSB é um partido que valoriza a unidade e a construção de pontes. Seguiremos firmes na aliança que sustenta o governo Lula, defendendo um projeto democrático e desenvolvimentista para o Brasil — afirmou Campos.
A eleição de João Campos simboliza uma renovação na liderança do partido, que nos últimos anos teve nomes como Carlos Siqueira e Márcio França. Agora, o PSB busca fortalecer sua base nacional, com foco em ampliar a influência em estados como Pernambuco, São Paulo e Minas Gerais.
Campos, filho do ex-governador Eduardo Campos (1965-2014), herda não apenas o legado político da família, mas também a responsabilidade de conduzir o partido em um cenário de polarização crescente. A convenção também aprovou resoluções programáticas, incluindo a defesa de políticas sociais, reformas estruturais e o fortalecimento de alianças com partidos de centro-esquerda.
O PSB já sinaliza que pretende ter um papel central na articulação da reeleição de Lula, mantendo Alckmin como vice, mas também busca ampliar sua bancada no Congresso e disputar governos estaduais. Campos deve viajar pelo país nos próximos meses para consolidar alianças e projetar candidaturas.
— Estamos preparados para liderar um projeto nacional que una desenvolvimento econômico, justiça social e defesa da democracia — completou o novo presidente.
Com a mudança de comando, o PSB espera se reposicionar como uma força decisiva na política brasileira, equilibrando sua tradição socialista com uma agenda moderna e pragmática.
O PSB encerra o evento com o desafio de consolidar sua união com o PT e outros partidos, ao mesmo tempo em que busca ampliar sua autonomia política.