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O avanço da Toga sobre a Democracia: Um Alerta Necessário

Juliana Mandú alerta, em artigo, para riscos do autoritarismo togado e defende preservação da democracia

Juliana Mandú
Por: Juliana Mandú
08/08/2025 às 17h50 Atualizada em 23/08/2025 às 18h04
O avanço da Toga sobre a Democracia: Um Alerta Necessário
Foto: Antonio Augusto/SCO/STF

Nos últimos anos, o Brasil tem enfrentado um processo silencioso, mas profundo, de erosão institucional. A separação entre os Poderes, princípio basilar de qualquer regime democrático, tem sido constantemente tensionada por decisões que extrapolam os limites da magistratura. No centro desse movimento, figura o nome do ministro Alexandre de Moraes, que hoje encarna a personificação de um poder togado que se agiganta diante da República.

A toga, que deveria simbolizar equilíbrio, moderação e justiça, tem sido usada como instrumento de coerção e silenciamento. Medidas arbitrárias, prisões sem trânsito em julgado, censura prévia a veículos e perfis de comunicação, investigações conduzidas fora do devido processo legal.

A atuação de Alexandre de Moraes ultrapassou os limites de um magistrado: tornou-se juiz, vítima, acusador e executor dentro de um mesmo processo. O que se chama de “defesa da democracia” tem servido como justificativa para ações que, ironicamente, ferem o próprio espírito democrático. Liberdade de expressão, pluralismo político, presunção de inocência e direito à ampla defesa parecem cada vez mais condicionados à afinidade ideológica com os detentores do poder judicial.

A democracia brasileira, construída com tanto esforço após décadas de regime militar, agora enfrenta um novo tipo de autoritarismo: o togado, revestido de verniz jurídico, porém movido por interesses políticos. Não se trata de proteger instituições; trata-se de blindá-las contra críticas legítimas e de usá-las como ferramentas de controle.

A sociedade brasileira precisa despertar antes que seja tarde. O arbítrio, quando se instala pela caneta de um magistrado, é ainda mais perigoso: vem travestido de legalidade, blindado pela toga e amparado pelo medo.

Que este toda essa vivência sirva de alerta. A democracia brasileira não pode ser vencida pelo silêncio. Nem pelo medo. Nem pela toga. Despertai-vos!

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Juliana Mandú
Com 10 anos de experiência em assessoria política, é especializada em comunicação política. Graduanda em Ciências Políticas, também é graduada e pós-graduada em enfermagem. Une vivência prática e formação acadêmica para analisar a política com clareza, criticidade e independência.

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