
Um hábito comum na rotina de milhões de brasileiros — permanecer longos períodos sentado — tem sido associado ao aumento do risco de doenças cardiovasculares, diabetes tipo 2 e até morte precoce, segundo alertas de especialistas em saúde pública.
Pesquisas internacionais indicam que pessoas que passam mais de seis a oito horas por dia sentadas, seja no trabalho, em casa ou em frente a telas, apresentam maior probabilidade de desenvolver problemas circulatórios, mesmo quando praticam algum tipo de atividade física ao longo da semana.
De acordo com médicos, o corpo humano não foi projetado para longos períodos de imobilidade. Ficar sentado por muitas horas reduz a circulação sanguínea, favorece o acúmulo de gordura abdominal e interfere no funcionamento do metabolismo, aumentando a inflamação no organismo.
“O sedentarismo prolongado afeta diretamente o sistema cardiovascular. Pequenas pausas ao longo do dia, como levantar, caminhar por alguns minutos ou se alongar, já fazem diferença”, explicam especialistas ouvidos por entidades de saúde.
O problema se agravou nos últimos anos com o aumento do trabalho remoto, do uso excessivo de celulares e do tempo gasto em frente à televisão. A recomendação é simples: interromper o tempo sentado a cada 30 a 60 minutos, mesmo que por poucos minutos.
A orientação não substitui a prática regular de exercícios físicos, mas reforça que movimentar-se ao longo do dia é tão importante quanto treinar. Especialistas destacam que pequenas mudanças de hábito podem reduzir riscos e melhorar a qualidade de vida a longo prazo.