A janela de transferências fechou e o português Renato Paiva terá que salvar o Bahia do rebaixamento para a Série B do Campeonato Brasileiro com os 32 jogadores que tem à disposição. Nessa conta, estão incluídos o goleiro Adriel, os laterais Gilberto e Camilo Cándido, o meia Léo Cittadini e o atacante Rafael Ratão, os cinco reforços que já chegaram na Cidade Tricolor, além do polivalente Luciano Juba, que desembarcará em solo baiano em setembro.
Ao todo, somando as contratações das duas janelas de transferências, o Bahia, sob o comando do Grupo City, trouxe 25 jogadores e investiu mais de R$ 90 milhões.
Duas das peças mais cobradas pela nação tricolor ficaram apenas no imaginário: os camisas 10 e 9. Dessa forma, o técnico português e a torcida terão que se contentar como os centroavantes Everaldo e Vinicius Mingotti e o único meia ofensivo do elenco, Cauly, até o final da temporada.
Com apenas 15 gols marcados no Brasileirão, a maior esperança de gols do Bahia já estava no elenco desde o início da temporada e está em fase de final de recuperação. Trata-se de Biel. Mesmo não sendo centroavante de ofício, o atleta de 22 anos marcou oito gols e deu seis assistências em 30 jogos pelo Esquadrão.
Concorrentes e que atualmente se revezam no comando de ataque, Everaldo tem 13 gols em 41 jogos e Vinicius Mingotti tem apenas um gol em dez partidas pelo Bahia.
Com Jacaré recuperado e a chegada de Ratão, Paiva ganhou opções para jogar pelos lados e disputar vaga com o veloz Ademir, que marcou apenas um gol pelo Esquadrão.
No meio, o investimento foi na conta do chá. O único contratado foi o meio-campista Léo Cittadini, que joga como volante e como terceiro homem de meio de campo, mas longe de ser um meia decisivo ou que mude o patamar de jogo do Tricolor.
A concentração de reforços foi no setor defensivo: o goleiro Adriel chega para fazer sombra a Marcos Felipe; Gilberto já assumiu a lateral-direita, que já contava com os instáveis André e Cicinho e chegou a ter Jacaré improvisado; e a lateral-esquerda com o uruguaio Camilo Cándido, que veio para assumir uma outra posição sem dono, já que Matheus Bahia, Ryan e Chávez - emprestado ao Independiente del Valle - nunca se firmaram como titulares.
Antes do encerramento da janela, Renato Paiva chegou a se posicionar sobre a movimentação do time no mercado da bola: “Estou satisfeito com os que aqui estão. Estou muito satisfeito com o elenco que tenho, mas, se quiserem me dar mais algumas peças, não vou dizer que não”.
Suficientes ou não, essas são as peças que Renato Paiva terá à disposição para tentar recolocar o Bahia, que venceu apenas um jogo dos últimos 17 disputados, no trilho das vitórias. O Tricolor atualmente é o 17º colocado, com 15 pontos somados após 17 partidas. Soma apenas três triunfos, além de seis empates e oito derrotas no Brasileirão.
Novidade domingo?
Já regularizado, o meia Léo Cittadini, o último reforço apresentado pelo Bahia, se colocou à disposição para estrear na rodada deste domingo, quando o time recebe o América-MG, às 18h30, na Arena Fonte Nova, em jogo válido pela 18ª rodada.
“Me sinto preparado. Não tive muitas oportunidades esse ano, me dedico muito nos treinamentos. Me sinto preparado para ajudar no final de semana”, diz o jogador.
Jogo
O treinador Renato Paiva promoveu um trabalho tático com todo o elenco. Recuperado de lesão, o atacante Biel seguiu na transição, com atividades especiais nas partes física e técnica com a fisioterapia.
Antes do treino, os jogadores assistiram a um vídeo no auditório do CT Evaristo de Macedo com informações sobre o adversário. Em seguida, houve pré-treino na academia.
A sequência, já no campo 1, teve o grupo dividido em três equipes para um trabalho técnico em campo reduzido.