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Estudantes assistem ao espetáculo “Dois do Sete” para marcar os 475 anos de Salvador

O espetáculo “Dois do Sete” é encenado por jovens da TV Pelourinho e da Escola Olodum, junto com atrizes e atores consagrados da cena baiana. O po...

Redação
Por: Redação Fonte: Secom Bahia
27/03/2024 às 06h47
Estudantes assistem ao espetáculo “Dois do Sete” para marcar os 475 anos de Salvador
Foto: Tita Moura

Salvador completará 475 anos, na próxima sexta-feira (29). Como parte das atividades em comemoração ao aniversário da capital baiana, a Secretaria da Educação do Estado (SEC) está proporcionando aos estudantes da rede estadual de ensino um momento de reflexão sobre os fatos e acontecimentos que antecederam e sucederam a proclamação e conquista da Independência do Brasil na Bahia. Jovens da TV Pelourinho e da Escola Olodum, junto com atrizes e atores consagrados da cena baiana, encenam nas escolas estaduais o espetáculo “Dois do Sete”, uma performance sobre a luta para a expulsão das tropas portuguesas do Brasil pela perspectiva do protagonismo dos negros, das mulheres, dos indígenas e dos caboclos, cuja participação foi fundamental à conquista.

Na manhã desta quarta-feira (27), o “Dois do Sete” foi encenado no Colégio Estadual Pinto de Aguiar, em Mussurunga I. Para Leonardo Sena Santos e sua colega Ana Luisa Nascimento, ambos com 16 anos e estudantes do 2º ano do Ensino Médio, o que mais chamou a atenção na montagem, além do colorido, da dança e da música, foi a forma descontraída e coloquial, mesclando momentos de tensão e humor em que os atores em cena contaram a verdadeira história da Independência da Bahia. Na próxima semana, a trama será levada aos alunos dos colégios estaduais de Praia Grande, no bairro de Periperi, na terça-feira (2), e no Edvaldo Brandão Correia, em Cajazeiras IV, na quinta-feira (4).

Foto: Tita Moura
Foto: Tita Moura

A apresentação de “Dois do Sete” na rede pública de ensino tem como propósito despertar em toda a comunidade escolar o reconhecimento, o pertencimento e a representatividade, possibilitando a reconstrução histórica da narrativa inerente ao Dois de Julho. “Esta apresentação é uma forma de comemorar o aniversário da nossa cidade. É importante celebrar esta data com arte e reflexão sobre o nosso pertencimento, para reafirmarmos o nosso lugar de soteropolitano e de baiano nesse lugar de resistência. A peça teatral tem uma intencionalidade reflexiva, que por certo vai contribuir com a formação do nosso estudante. Um viva para que Salvador consiga construir essa independência e essa liberdade pela cultura, pela arte, pelo conhecimento”, ressaltou a superintendente de Políticas para a Educação Básica da SEC, Leninha Vila Nova.

Para a equipe pedagógica do Colégio Estadual Pinto de Aguiar, a apresentação possibilitou a cada jovem viver um momento formativo a partir da linguagem teatral, em um ambiente fora da sala de aula, dentro do teatro, em um espaço dentro da escola. “Neste ano, estamos implantando a oficina de teatro na escola. E, hoje, atores e atrizes trouxeram para essa atividade de cunho pedagógico uma versão diferente da que é mostrada na maioria dos livros sobre o Dois de Julho. Além disso, outras temáticas importantes foram apresentadas, como o empoderamento da mulher; o combate ao racismo; e a valorização dos povos indígenas e negro”, ressaltou a coordenadora pedagógica, Vanúsia Bastos.

Fotos: Tita Moura
Fotos: Tita Moura

Espetáculo 

Com o tema “A odisseia de Iaiá e Ioiô, soldados do Exército Esfarrapado na conquista da independência e consagração da gênese baiana”, a trama acompanha a jornada do escravizado Ioiô e de sua companheira alforriada Iaiá. No percurso do sertão à Pirajá, os dois encontram os heróis e heroínas da Guerra da Independência na Bahia e recebem inspiradoras dádivas: Joana Angélica, Maria Quitéria e Maria Felipa. Ao final do trajeto, celebrando a vitória do povo sobre a tirania de Portugal, Iaiá dá à luz a seu rebento, abençoado por Nosso Senhor do Bonfim, que anuncia o nascimento do espírito baiano e a alma brasileira, que trazem em si a valentia, a resiliência, o axé e a fé.

Fonte: Ascom/SEC

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