As bonecas hiper-realistas, conhecidas como reborns, têm ganhado espaço nas redes sociais e no cotidiano de muitas pessoas, mas também provocado situações inusitadas e debates acalorados. Com preços que podem chegar a R$ 10 mil, essas bonecas são tão realistas que já foram confundidas com bebês de verdade — resultando em cenas que beiram o absurdo.
Em Guanambi (BA), uma jovem de 25 anos levou sua reborn a uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA) e pediu atendimento médico, causando perplexidade nos profissionais de saúde.
Em Minas Gerais, um padre emitiu um comunicado afirmando que não batizaria bonecas reborn, após receber pedidos de fiéis.
Algumas cidades já discutem aplicar multas para quem tentar usar reborns para furar filas em hospitais ou obter atendimento preferencial.
Muitas donas de reborns afirmam que as bonecas funcionam como uma terapia emocional, ajudando a lidar com:
Perda de um filho (luto perinatal)
Solidão e ansiedade
Desejo de maternidade não realizado
Porém, psicólogos alertam que, em alguns casos, a fixação excessiva pode indicar problemas mais profundos, como depressão ou transtornos dissociativos.
No TikTok e Instagram, vídeos de donas de reborns tratando as bonecas como bebês reais viralizam, dividindo opiniões:
Apoiadores defendem que é uma forma de expressão e alívio emocional.
Críticos questionam até que ponto essa prática é saudável, especialmente quando invade espaços públicos (como UPAs e transporte prioritário).
Enquanto algumas pessoas encontram conforto nos reborns, outras levantam questões sobre saúde mental e ética social.