Um morador de Foz do Iguaçu, no Paraná, levou o susto de sua vida ao tentar declarar o Imposto de Renda este ano: Augusto da Silva, de 50 anos, descobriu que, segundo a Receita Federal, ele estaria oficialmente morto desde 2020. O problema veio à tona quando seu Cadastro de Pessoa Física (CPF) foi barrado por "falecimento do titular", impedindo o envio da declaração.
Apesar do registro incorreto, Augusto continuou usando o CPF normalmente nos últimos anos — movimentou contas bancárias, realizou transações via Pix e até pagou impostos. O bloqueio recente, no entanto, começou a causar transtornos: além de dificultar o acesso a serviços financeiros, o erro poderia impedi-lo de obter empréstimos, fazer compras parceladas ou receber benefícios sociais.
Augusto não sabe como seu nome foi parar no sistema da Receita como falecido. Casos semelhantes já aconteceram no Brasil, geralmente por erros de digitação ou comunicação equivocada entre institutos como a Receita e o Registro Civil.
Especialistas alertam que erros como esse, embora raros, podem causar grandes transtornos. Em 2023, um caso semelhante viralizou quando um aposentado de Minas Gerais "ressuscitou" após dois anos de batalha judicial.
A Receita Federal não se pronunciou sobre o caso específico de Augusto, mas reforçou que contribuintes devem checar regularmente a situação cadastral no site oficial.