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Empresário e Cúmplice São Denunciados por Agressão Brutal a Jornalista em Recife

Ricardo Antunes, quase perdeu a visão após ataque filmado pelos próprios agressores; caso gerou revolta em entidades de imprensa.

Redação
Por: Redação
02/06/2025 às 16h10 Atualizada em 02/06/2025 às 16h17
Empresário e Cúmplice São Denunciados por Agressão Brutal a Jornalista em Recife
Divulgação

Recife (PE) – O Ministério Público de Pernambuco (MPPE) denunciou o empresário Rodrigo Tavares Ramos, de 35 anos, como mandante da violenta agressão sofrida pelo jornalista Ricardo Antunes em novembro do ano passado, em plena luz do dia. Além de Tavares, também responde pelo crime Pedro Henrique Costa de Oliveira, de 29 anos, identificado como autor dos golpes que deixaram o comunicador com o rosto deformado e à beira de perder a visão do olho direito.

Os dois são réus em uma ação penal na 3ª Vara Criminal do Recife sob a acusação de lesão corporal gravíssima – crime cuja pena pode chegar a 11 anos de prisão. Apesar das sucessivas convocações do delegado Mário Melo, da Delegacia de Boa Viagem, os acusados nunca compareceram para prestar depoimento. 

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O ataque, registrado em vídeo pelos próprios agressores, chocou a sociedade e mobilizou entidades de defesa da imprensa. Ricardo Antunes, dono de um blog de grande influência, foi surpreendido com socos e pontapés, resultando em ferimentos graves. O caso foi repudiado pela Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji), pela Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj) e pelo Sindicato dos Jornalistas de Pernambuco (Sinjope), que exigem justiça.

Em nota, a Fenaj classificou o episódio como "um atentado à liberdade de imprensa e à democracia", enquanto o Sinjope alertou para o aumento da violência contra profissionais da comunicação no estado.

A Justiça aguarda a citação formal dos réus para que apresentem defesa. A demora no andamento do processo, no entanto, preocupa entidades, que temem impunidade. O MPPE reforçou o compromisso com a apuração, lembrando que a lesão corporal gravíssima é crime inafiançável quando há dolo (intenção de ferir).

Enquanto isso, a sociedade pernambucana acompanha o caso, que virou símbolo da violência contra a imprensa e do abuso de poder por figuras economicamente influentes.

 

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