
Diversas organizações da sociedade civil e representantes do poder público se uniram para avaliar e encaminhar propostas sobre acessibilidade, saúde, educação, cultura, trabalho e tecnologia voltadas às pessoas cegas e como baixa visão. As discussões em torno dessa perspectiva foram realizadas na terça (4) e quarta-feira (5), no Instituto Anísio Teixeira (IAT), em Salvador, durante o 6º Encontro Estadual do Fórum de Pessoas Cegas e com Baixa Visão. A Secretaria de Justiça e Direitos Humanos (SJDH), através da Superintendência dos Direitos da Pessoa com Deficiência (Sudef), participou da atividade, coordenada pelo Fórum de Pessoas Cegas e Baixa Visão (FBPCBV).
Com 284 inscritos, o Fórum discutiu os desafios e avanços das políticas públicas voltadas para pessoas cegas e com baixa visão. Fortalecer o protagonismo das pessoas com deficiência e propor ações de combate ao capacitismo também foram o centro das atividades do Encontro Estadual. “A luta nossa é pela melhoria, acessibilidade, inclusão e respeito para as pessoas com deficiência”, afirmou o coordenador do Fórum de Pessoas Cegas e Baixa Visão (FBPCBV), Patrick Santana.
“Sabemos que as pessoas cegas e com baixa visão e outros segmentos da pessoa com deficiência têm um conjunto de barreiras sociais que impedem a sua autonomia. Barreiras arquitetônicas, comunicacionais, atitudinais que excluem essas pessoas. E, para além disso, os preconceitos e as dificuldades de acesso se acentuam para as mulheres, pessoas negras e LGBT. A SJDH, nesses últimos anos, vem apoiando o Fórum, fortalecendo a autonomia das pessoas com deficiência para decidir o presente e o futuro”, afirmou Nascimento.
A adesão do Plano Nacional ‘Viver sem Limites 2’ e ser o primeiro estado a implantar a Avaliação Biopsicossocial, segundo o superintendente da Sudef, Marcelo Zig, aponta o esforço do Governo da Bahia em fortalecer a agenda das pessoas com deficiência. “Quando a SJDH faz a adesão ao Plano Nacional Viver sem Limites 2 e constrói o Viver sem Limites Bahia, na perspectiva de um trabalho transversal entre os órgãos públicos, visa compreender como pautar as políticas públicas para as pessoas com deficiência. A Bahia se tornou nesse ano o primeiro estado a implementar o projeto piloto da Avaliação Biopsicossocial, que é um instrumento que busca entender, dentro do conceito atualizado da deficiência, compreender a relação do corpo da pessoa com as barreiras que ela enfrenta na sociedade. O fórum é um espaço que dá oportunidade de atualizar a pauta e constituir a rede”, ressaltou Marcelo Zig.
A Associação Baiana de Deficientes Físicos (Abadef), Associação Retino Bahia, Associação Baiana Para Cultura e Inclusão (Abace), Associação de Cegos do Sul da Bahia e o Conselho Estadual da Pessoa com Deficiência (Coede) também estiveram na atividade, colaborando com propostas e reafirmando a luta das pessoas com deficiência.
“As pessoas com deficiência visual e com baixa visão, têm se fortalecido no estado da Bahia. A Abadef vem fortalecendo cada vez mais as atividades, fortalecendo cada vez mais o movimento das pessoas com deficiência no estado da Bahia. Nosso papel é dar visibilidade ao protagonismo das pessoas com deficiência e lutando pelo reconhecimento. Precisamos estar unidos, fortalecer cada vez mais o nosso trabalho”, disse a presidente da Abadef, Silvanete Brandão.
Palestras e orientações
Nos dois dias do encontro, debates importantes acerca da promoção de políticas públicas voltadas para as pessoas cegas e baixa visão nortearam as atividades. Promover a inserção de pessoas com deficiência na sociedade, estimular a prática esportiva e ‘Sexualidade e Inclusão’, ‘Audiodescrição’, ‘Mobilidade e Acessibilidade no Cotidiano’, ‘Saúde e Deficiência Visual’ e ‘Inovações em Prótese Ocular e Lentes Especiais’ foram os temas abordados nas palestras. Orientações sobre o Passe Livre Intermunicipal e da Carteira de Identificação do Espectro Autista (CIPTEA) também foram disponibilizados para os participantes do Fórum.
Fonte: Ascom/SJDH