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Saúde

Mata de São João inicia distribuição gratuita de absorventes nas escolas

Medida visa amenizar a pobreza menstrual no município e, consequentemente, combater a evasão escolar, distribuindo anualmente até 30.000 pacotes de absorventes

28/03/2023 17h26
Por: Ramon Santos (DRT-6448/BA)
Fonte: Ascom PMMSJ
Foto: Divulgação
Foto: Divulgação

A Prefeitura de Mata de São João, através da Secretaria de Educação, iniciou a instalação de dispensers para a distribuição gratuita de absorventes. A iniciativa faz parte do "Meu Ciclo", um projeto da SEDUC que visa amenizar a pobreza menstrual e combater a evasão escolar no município.

A pobreza menstrual ocorre quando meninas e mulheres não têm acesso a itens básicos de higiene, uma infraestrutura adequada ou conhecimento para cuidados que envolvem a própria menstruação. É um problema mundial que acarreta diversos impactos, dentre eles, a evasão escolar. 

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De acordo com a Unicef, durante o período menstrual, uma a cada quatro alunas brasileiras deixam de ir à escola por não terem condições financeiras para comprar os absorventes, realidade que  passa a ser combatida em Mata de São João por meio do Meu Ciclo.

“Muitas meninas vivem essa triste realidade. O nosso dever como agentes públicos é viabilizar o acesso a esse item básico de higiene. O intuito desse projeto é dar não só conforto a essas meninas, mas garantir que elas sejam livres para exercer o direito de estudar, sem qualquer impeditivo”, aponta Alex Carvalho, Secretário de Educação do município.

A estimativa é que, ao decorrer do ano letivo, sejam distribuídos até 30.000 pacotes de absorventes higiênicos que ficarão disponíveis em um dispenser instalado na escola, dando às alunas a liberdade para pegar a quantidade que necessitarem. 

Ao saber da novidade, Rosália Souza, mãe de uma aluna, sentiu-se aliviada por saber que outras meninas não passarão pelo que ela passou. “Quando era nova, já fiquei vários dias sem frequentar a escola por não ter dinheiro para comprar absorvente. Isso era ruim porque às vezes eu faltava em dia de prova, perdia assunto [...] me atrapalhava nos estudos”, relata.

A vice-diretora Chirley Campos conhece de perto a realidade. "Já tivemos aqui alunas que deixaram de vir à escola porque os pais não tinham dinheiro para comprar o absorvente. Adorei o projeto. É muito bom saber que o  município está sensível à causa dessas meninas, propondo ações que garantam a presença delas nas escolas”, comemora.

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