A Johnson & Johnson, uma das maiores empresas do setor de saúde no mundo, divulgou nesta terça-feira (15) que as tarifas de importação impostas pelos Estados Unidos — principalmente sobre metais e produtos vindos da China — devem gerar um impacto financeiro de aproximadamente US$ 400 milhões em 2025. A informação foi confirmada pelo diretor financeiro (CFO) da companhia, Joseph Wolk, durante comunicado oficial.
Wolk destacou que a empresa está adotando uma abordagem cautelosa em relação às políticas comerciais do governo norte-americano, que têm aumentado as tarifas sobre diversos produtos importados.
"Queremos ser diferentes com o governo Trump em relação às tarifas", afirmou o executivo, referindo-se ao retorno de Donald Trump à presidência dos EUA e suas medidas protecionistas. Apesar dos custos adicionais, Wolk ressaltou que o setor de saúde tem demonstrado resiliência mesmo em cenários econômicos desafiadores.
As tarifas sobre importações, especialmente as aplicadas a produtos chineses e a insumos como metais, têm sido uma estratégia do governo dos EUA para incentivar a produção doméstica. No entanto, empresas que dependem de cadeias globais de suprimentos, como a Johnson & Johnson, enfrentam pressões nos custos operacionais.
A estimativa de US$ 400 milhões em impactos para 2025 reflete os ajustes necessários para lidar com esses encargos, que podem incluir repasses de preços aos consumidores ou otimização de processos internos.
Apesar do cenário, a Johnson & Johnson mantém confiança na estabilidade do mercado de saúde, que tradicionalmente é menos afetado por crises econômicas devido à demanda constante por medicamentos, dispositivos médicos e serviços hospitalares.
Analistas acompanharão de perto como a empresa e outras gigantes do setor irão gerenciar esses custos adicionais nos próximos trimestres, especialmente em um ambiente de possíveis tensões comerciais prolongadas entre EUA e China.